ÁFRICA - Um Continente em Construção
Economia da África
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Continentes/Africa/?pg=4
A África é o continente mais pobre do
mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia,
abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias,
o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um
verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta
vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de
consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo
globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente
participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo.
Em sua maioria, os africanos
são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a
demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la,
construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia
europeus e desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua
coexistindo com a economia de subsistência.

Embora um quarto do território
africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como
combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado
na elaboração de compensado (madeira em chapa). Costa do Marfim, Libéria, Gana
e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca marítima, que
é muito difundida e voltada para o consumo local, adquire importância comercial
no Marrocos, na Namíbia e na África do Sul. A mineração representa a maior
receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o
setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra
Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio.
A nação mais industrializada do
continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e
desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África. Porém, também
já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia.
O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países, que se firma como
o pólo mais promissor do continente.
ONU alerta que um em cada
quatro africanos sofre de fome

Johanesburgo, 16 out (EFE).- Aproximadamente 25%
da população da África passa fome, revelou à Agência Efe em Johanesburgo nesta
terça-feira David Orr, chefe de comunicação do Programa Mundial de Alimentos
(PMA) para a África Meridional, em virtude do Dia Mundial da Alimentação.
'Quase um a cada quatro africanos passa fome',
afirmou.
Esse dado revela que 239 milhões de africanos
sofrem a 'dolorosa sensação causada pelo desejo de comida', de acordo com a
definição de 'fome' da organização, segundo o representante do PMA, que
pertence à Organização das Nações Unidas (ONU).
Apesar dos avanços registrados no continente nos
últimos anos, o número mostra um grande aumento em relação às 175 milhões de
pessoas que passavam fome na África entre 1990 e 1992. A alta pode ser
explicada pelo crescimento demográfico registrado neste continente.
No entanto, os 'tímidos progressos' observados
nas últimas décadas na África Subsaariana começaram a cair a partir de 2007,
período em que a fome cresceu 2% nesta região, segundo dados da Organização
para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que também pertence à ONU.
Segundo estudos da União Africana (UA), que conta
com o apoio do PMA, a África tem hoje mais crianças desnutridas do que há 30
anos.
Entre 61% e 82% desses menores não são tratados
por médicos ou especialistas, e entre 40% e 67% dos adultos africanos sofreram
desnutrição durante a infância.
De acordo com a FAO, 26% das crianças desnutridas
vivem na África, 70% na Ásia e somente 4% na América Latina e no Caribe.
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os
direitos reservados.
Comentários
Postar um comentário